Os amazighs são os povos autóctones do norte da África, que foram dominados pelos árabes quando a região foi invadida pelos muçulmanos no século XII. Desde então, apesar da resistência, ocorre uma recusa dos governos em aceitar a existência dessa minoria.
Em março deste ano, porém, o perito brasileiro pediu, durante a reunião do Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial da ONU, que o governo da Tunísia reavaliasse sua posição sobre os amazighs, que no idioma original significa "homens livres e nobres". Os tunisianos haviam apresentado uma relatório sobre o que tem feito para combater o racismo mas não haviam incluído o debate sobre a existência de uma minoria no país e garantiam que, na Tunísia, apenas o árabe era falado pela população. "Era como se o governo brasileiro estivesse dizendo que a cultura tupy não existisse no País", afirmou o diplomata.
Mas nesta semana, em Genebra, o Comitê da ONU anunciou que, diante do pedido do brasileiro, o governo da Tunísia adotou uma nova lei que permitirá que nomes de origem amazigh sejam dados às crianças. O uso da língua também seria autorizado por essa parcela da população. "Em um momento em que se questiona se os órgãos ligados aos direitos humanos têm alguma força, damos uma prova concreta de que podem ser eficazes no combate ao racismo", afirmou o Lindgren Alves, que também acumula a função de embaixador do Brasil em Sófia, na Bulgária.
Atualmente, cerca de 20 milhões de amazighs vivem no norte da África, espalhados entre o Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e até no Egito. Apesar da supremacia dos árabes, os amazighs conseguiram manter elementos de sua cultura.
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